O Ministério Público do Amazonas (MPAM) obteve a condenação de Jacó Rodrigues Sombra a 25 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-companheira, ocorrido em abril de 2024, no município de Carauari. O crime foi praticado com extrema violência e presenciado pelas duas filhas do casal, o que levou ao reconhecimento de qualificadoras que agravaram a pena.
O julgamento foi realizado na última segunda-feira (9/6), e o réu foi condenado pelo Tribunal do Júri com base em todas as qualificadoras apresentadas pelo MPAM: motivo torpe, uso de meio cruel e feminicídio. A tese da defesa, que alegava homicídio privilegiado por violenta emoção, foi rejeitada pelos jurados. A sentença foi proferida pelo juiz Jânio Tumoto Takeda, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado. Jacó saiu do tribunal já sob custódia.
De acordo com a denúncia, o acusado não aceitava o fim do relacionamento e, movido por ciúmes, atacou a ex-companheira com uma faca, mesmo na presença das filhas pequenas. A pena-base foi fixada em 20 anos, com um aumento adicional de cinco anos devido à presença de descendentes diretos da vítima no momento do crime.
O promotor de Justiça Eduardo Gabriel, responsável pelo caso, destacou o papel do Ministério Público na defesa da vida e no enfrentamento à violência contra a mulher. “A condenação, além de aplicar justiça ao caso concreto, transmite uma mensagem clara: o tribunal do júri é um instrumento essencial na luta contra a violência de gênero”, declarou.
A decisão, embora não repare a dor da perda, representa um marco importante no combate à impunidade e no fortalecimento das políticas de proteção às mulheres vítimas de violência.
